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Como se ela não tivesse suportado sentir o que sentira,
Desviou subitamente o rosto e olhou uma árvore,
Seu coração não bateu no peito, o coração batia no oco entre
o estômago e os intestinos.
Clarice Lispector.
É como se sentir o que sentia fosse irreal, proibido, desnecessário!
Sabia que precisava sentir, sim, é claro que sabia, só se sentia completa quando
as borboletas da incerteza pousavam no seu estômago, é, a incerteza
já lhe era bem intima, na verdade, já era da família.
Foi como se seu coração -já machucado- tivesse voltado a bater, mesmo
nunca tendo parado de funcionar, foi como se alguém -pouco conhecido- tivesse
lhe chamado para a realidade.
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